A Igreja Metodista Unida enalteceu o reconhecimento feito, esta sexta-feira, pelo Estado Angolano, ao Homenagear o seu Primeiro Bispo Nativo em Angola, Emílio de Carvalho, na inauguração do Hospital Geral de Viana, cujo acto foi presidido pelo Presidente da República, João Lourenço.
Ao tomar o uso da Palavras, o Bispo Emérito da Igreja Metodista unida, Emílio Júlio Miguel de Carvalho, admitiu estar honrado pela Homenagem que fica marcada para sua vida.
Ao Lembrar do seu percurso Missionário desempenhado há cerca de 60 anos para Igreja e à Sociedade, o Bispo Emílio de Carvalho reafirmou ser a favor da acção social e humanitária para à Nação Angolana.
O Bispo Residente da Conferência Anual do Oeste de Angola da Igreja Metodista unida, Gaspar João Domingos, considerou que essa acção presenteia a acção da Igreja em dar para sociedade Homens dignos, como o Bispo Emílio de Carvalho.
Os Reverendos Tito Mussuluvela e Gabriel Vinte e Cinco, que consideram justa a homenagem, admitiram que este momento eleva a admiração pelo Bispo Emílio.
Durante o acto, a Ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, descreveu o Bispo Emílio de Carvalho como um verdadeiro patriota que se entregou à causa do País e do seu rebanho.
O hospital Bispo Emílio de Carvalho, que levou três anos para ser erguido, ficou orçado em 125 milhões e 500 mil euros e poderá empregar mil e 200 funcionários, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de imagiologia e de laboratório.
Com cinco salas de operação, oito enfermarias para internamento, um centro de diagnóstico centralizado, o mesmo conta ainda com serviço de emergência, sectores de obstetrícia e ginecologia, pediatria, ortopedia e medicina geral.
O Bispo Emílio de Carvalho que dá nome ao Hospital Geral de Viana é natural da aldeia de Quiongua, província de Malanje, é considerado um dos mais importantes filhos de Angola.
O Bispo Emílio de Carvalho foi ordenado diácono em Junho de 1960, na primeira Igreja Metodista de Wisconsin Rapids, nos EUA e presbítero a 22 de Janeiro do mesmo ano, na Igreja Metodista Central de Luanda. Não escapou à polícia fascista portuguesa (PIDE) e em Agosto de 1961 foi preso.
Dois anos depois, em Abril, o bispo Emílio de Carvalho foi colocado em "liberdade vigiada”, com residência fixa. Exerceu cargos de alta responsabilidade a nível da religião como presidente Geral da Juventude da Igreja Metodista em Angola (1950 a 1953), professor e reitor do Seminário Emanuel, na Missão do Dondi Angola (1965-1972).
Foi o primeiro Bispo angolano da Igreja Metodista e reeleito Bispo vitalício pela Conferência Central de África.
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